sábado, 19 de novembro de 2011

Peça da Vergonha



A copia, o plagio débil
A mente suja, doente
Capaz de sufocar a pureza das palavras.
O teatro com fantoches
São bonecos bem costurados
Cidadãos fúteis
Que não aprenderam a amar o sertão.
Números e passos ensaiados
Tudo planejado para exaltar
Seu lado da nação
Dança sem musica e sem cultura
Não sois Bahia?
Eu sou Oposta,
A certidão entrega os fatos
Eu sou é Ibipitanga,
Meu coração transborda de alegria.
Esse é meu lado do caminho
Oposto ao teatro doente
Defenderei o barro vermelho
Pisarei em chão duro
Eu vi milagrosamente a chuva molhar solo do sertão
Apenas juazeiros e mandacarus sobreviveram
Mas no rosto dos cidadãos a mascara
Estampa a vergonha que sentem do sertão
Pois bem, sou sertão, sou Bahia
Minha cidade é única
Economia fértil, ainda em construção
E vocês?
Já deveriam ter se retirado do domínio do sertão
Lampião, Maria Bonita, o cangaço
E são apenas quem aprendeu a amar o sertão
 E então tomo a realidade de volta ao teatro onde
Os artistas do palco escuro se encenam
E Me deixa impressionada a frieza dos passos
Música e batuque bem sincronizados
As mesmas fantasias
As mesmas cores
As Mascaras
Então acaba
Os aplausos irônicos soam de minhas mãos
As cortinas se fecham, mas a peça não acaba
As mascaras e fantasias são renováveis e obscuras
Pobre teatro da vergonha.
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Peça da Vergonha de Gabriela Menezes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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