“—Nossa mente, Alonzo, é como uma grande e misteriosa casa,
cheia de corredores, alçapões, portas falsas, quartos secretos, de todo
tamanho, uns bem, outros mal iluminados. No fundo desse casarão existe um
cubículo, o mais secreto de todos, onde estão fechados os nossos pensamentos
mais íntimos, nossos mais tenebrosos segredos, nossas lembranças mais temidas. Quando
estamos acordados usamos apenas as salas principais, as que têm janelas para
fora. Mas quando dormimos, o diabo nos entra na cabeça e vai exatamente abrir o
cubículo misterioso para que as lembranças secretas saiam a assombrar o resto
da casa. O demônio não dorme. E é quando nossa consciência adormece que ele
aproveita para agir.”
“Viver é muito bom. As vezes a gente tem tanta força guardada
no peito que precisa fazer alguma coisa para não estourar...”
“—Mas por que será que o tempo custa tanto a passar quando há
guerra?
—Decerto não pode andar ligeiro, tropeçando num morto a cada passo.”
“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está
ventando.”
“(...) Mas uma pessoa pode lutar contra a sorte que tem.
Pode e deve.”
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