quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Futebol Feminino de Luto!



Santos Futebol Clube - Time Feminino, Campeão da 1ª Libertadores da America organizada para mulheres, o time que deu o 1° passo rumo à escassez do preconceito com o futebol feminino, profissionalizando meninas que sonhavam em viver de futebol, meninas que assim com eu imaginava que no Brasil tinha muito espaço para sonhar. Vimos surgir nos últimos anos um supercampeão, um fábrica de talentos, a casa da rainha do futebol, um modelo a ser seguido, mas também vi um Brasil que não dá espaço a mulheres, um ministério da educação que não investe, uma CBF que não colabora, times e mais times “amadores”, com condições precárias para a pratica do futebol, equipes sem patrocínio, e vi o supercampeão, o time que eu sonhava em defender suas cores, cair, por falta de recursos, vi o Santos Feminino acabar, enquanto ao mesmo tempo vi o salário de Neymar dobrar, milhões e milhões na conta bancária de um garoto, enquanto as meninas  agora se vêem obrigadas a correr atrás de um clube, no Futebol masculino, o clube é que corre atrás dos jogadores. Vejo o mundo lá fora evoluir, valorizar as meninas e o meu Brasil, O país do futebol, eu vi regredir, talentos e mais talentos brasileiros na Rússia, Dinamarca, coréia do sul e nos EUA, que muitos dizem que é o maior adversário das nossas meninas, eu particularmente, não acho, a maior adversário acaba sendo o nosso país, o equilíbrio emocional para uma competição grande que não as foi dado, amistosos constantes para chegar a bom entrosamento, patrocínio, Falta CT, falta material, falta o básico, falta humanidade, falta tudo.

2 comentários:

  1. E pensar que o Brasil é chamado de país do futebol... aqui não é necessario só talento e força de vontade. Mais do que isso... é necessário ter dinheiro. Não importa o quão bom vc seja nem o quão longe vc possa chegar... sem dinheiro? Nada feito. E me pergunto onde ficam os sonhos das milhares de meninas que sonham em ser atletas nesse país preconceituoso com má distribuição de renda e hipócrita ao ponto de extinguir os sonhos de futebolistas já consolidadas que terão que ir pra fora do seu País, viver numa outra cultura tão diferente da sua, onde não sabem os costumes, não conhecem a comida e muito menos o idioma. Marta se fez fora do Brasil. Aqui, teria sido apenas mais uma jogadora de fantasias destruídas pelos gigantes. O Santos Feminino foi destruído em nome de um ídolo. As estrelas do time terão de se mudar, mas, onde ficam as atletas que não são tão famosas? Onde vão treinar? Que time? Que associação? Tudo é precário e subdesenvolvido. Depois reclamam de ficarmos sempre em segundo. Reclamam por não conquistarmos mais ouros em olimpíadas e panamericanos. Como faremos isso sem estrutura? Talento só, não basta. Não paga as contas nem o treinamento. Se queremos reconhecimento, é fazer por merecer. Divulguem esse texto e sua opinião nas redes sociais, não estamos falando só da morte do Santos Feminino, também de nossa evolução como nação vencedora. Dependendo de nossas ações, formaremos o que é necessário para um futuro mais promissor.

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  2. Não é fácil saber que o Brasil, um país tropical, do carnaval e principalmente do futebol como arte, tende a ter um funcionamento vergonhoso diante do futebol feminino... Será que obrigatoriamente a salvação esteja no outro lado da fronteira? Será possível que em terra de reis da pelada,o futebol feminino não recebe o mesmo mérito? Infelizmente sim.É difícil saber que em seu lugar de origem seus sonhos parecercem hipotéticos, e que para construí-los é preciso levar sua arte para outra realidade.
    Quem perde com isso? Somos nós? também, mas a nação perde muito mais;o governo perde muito mais.
    Talvez a culpa pela violência nas ruas, pelas drogas, pela gravidez na adolescência, pela prostituição, seja simplismente uma consequência.
    E aí quem perde mais? Se muitas jovens apaixonaadas pelo futebol se perdeu nesse mundo por falta de oportunidade, o poder estatal se perderá diante de tantos outros problemas simplismente por falta de ótica e reflexão.

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